Em uma decisão polêmica e sem precedentes, a NCAA (National Collegiate Athletic Association) anunciou oficialmente a retirada de todos os títulos e medalhas conquistados por Lia Thomas, a nadadora transgênero que ganhou destaque nacional após vencer competições femininas de natação universitária. A entidade alegou que a decisão foi tomada após uma revisão detalhada das diretrizes de elegibilidade e pressão de grupos externos.
Segundo o comunicado divulgado nesta segunda-feira, a NCAA declarou que “busca preservar a integridade competitiva do esporte universitário, assegurando condições justas e equitativas para todas as atletas.” Essa declaração reacende o debate nacional sobre a participação de atletas trans em competições femininas, tema que já vinha dividindo opiniões em todo o país.
A grande surpresa do anúncio foi a confirmação de que Riley Gaines, ex-nadadora da Universidade de Kentucky e crítica vocal da participação de atletas trans em esportes femininos, será reconhecida como legítima campeã das competições anteriormente vencidas por Lia Thomas. Gaines, que ficou em segundo lugar em algumas das provas disputadas por Thomas, comemorou a decisão e agradeceu o apoio que recebeu de organizações externas e grupos defensores do que chamam de “justiça esportiva”.
“Esta é uma vitória não apenas para mim, mas para todas as mulheres que competem de forma justa”, declarou Gaines em entrevista coletiva. “Estou profundamente grata a todos que levantaram suas vozes para defender a integridade do esporte feminino.”
As chamadas “forças externas” mencionadas no comunicado da NCAA referem-se a grupos políticos, organizações esportivas e atletas de elite que argumentaram que a participação de Thomas comprometia a equidade competitiva. Contudo, a decisão da NCAA foi imediatamente criticada por ativistas LGBTQ+ e defensores dos direitos trans, que a classificaram como discriminatória e regressiva.
Especialistas preveem que o caso será levado ao tribunal, dado o impacto profundo que essa decisão pode ter nas diretrizes futuras sobre inclusão e elegibilidade esportiva. Enquanto isso, a NCAA enfrenta um novo capítulo em um dos debates mais complexos e sensíveis do esporte moderno.